Amanhã River enfrenta Independiente em seu reformado estádio de Avellaneda tentando sua terceira vitória neste Clausura 2010. Não será uma tarefa fácil: “El Rojo” está segundo com 14 pontos, somente atrás de Godoy Cruz de Mendoza, que tem 15.
Do seu lado, com 9 pontos, 2 vitórias, 3 empates e 2 derrotas, River anda 10mo., pela metade da tabela. Se conseguir os três pontos, e dependendo dos outros resultados, este domingo El Millo poderá se colocar entre os cinco ou seis primeiros.
Nos últimos anos a história tem-se repetido com um River muito vulnerável na defesa, pouca marca no meio-campo, e grande dificuldade para marcar gols. Os números não mentem: em 7 partidas River fez apenas 6 gols, mas levou outros 6; o número de empates supera o de vitórias.
Na defesa, ainda sofremos com a falta de entrosamento dos zagueiros centrais, erros que os atacantes adversários não costumam perdoar. O recém-chegado Ferrero mostra regularidade, enquanto que Nico Sánchez ainda nos proporciona momentos de terror. Os laterais Ferrari e Juan Manuel Díaz vêm cumprindo bem sua missão.
Na passagem da defesa para o ataque, a bola precisa sair rápido e sempre em diagonal, mais difícil para a marca adversária. Insistir com bolas verticais junto da raia de cal quase sempre dá em nada. Bolas recuadas, então, somente como último recurso.
No meio-campo, River ainda não aprendeu a gerar superioridade numérica para recuperar a bola. A tarefa cabe ao volante central, que fica sempre sobrecarregado. É preciso praticar um futebol mais solidário, em que todos voltam marcando quando o time perde a bola.
No ataque, é preciso adotar um esquema em que se possa aproveitar melhor a velocidade de jovens atacantes como Keko, Affranchino,ou Funes Mori. River será mais contundente se souber esperar uns metros mais atrás, recuperar a bola no meio, e sair rápido em contra-ataque.
É preciso mentalizar os atacantes para buscar as “clareiras”. Nem todo passe tem que ser no pé do companheiro. Nossos ataques podem ser mais eficientes com mais bolas lançadas nos espaços vazios que se formam entre linhas ou nas costas dos defensores.
Este é o sistema que todo mundo usa, ou tenta usar. O segredo está em saber atrair o adversário, roubar-lhe a bola, e pegá-lo no contrapé. E, fundamentalmente, nossos atacantes precisam aproveitar as chances que têm para marcar.
Não é tão difícil: apenas um gol a mais que o adversário basta para ganhar o jogo. Se ganhar sem tomar gols, muito melhor. Ese ganhar dando show, estamos na glória.



