À medida que os jogos desta Copa Libertadores 2009 vão acontecendo, uma certeza vai se confirmando: a de que não há qualquer certeza e, a menos que faça as coisas como se deve, nenhum time tem lugar assegurado na fase seguinte. Nem a tradição, nem a condição de local significam muito contra times, muitas vezes pequenos, em busca de glórias internacionais.
Na terça, Lanús começou melhor contra Everton e tinha tudo para fazer um bom resultado, mas permitiu o time chileno virar o jogo e perdeu 1×2. Ontem, o São Paulo passou apertado nos primeiros 30’ contra Defensor, mas acabou derrotando os uruguaios em Montevidéu com um golaço de Borges. Em Buenos Aires, San Lorenzo fez contra, não conseguiu reverter o resultado, e perdeu para Libertad 0x1. E em Assunção, Boca empatou seu jogo comGuarani graças a um pênalti inexistente – não podia ser diferente -e terminou derrotando o limitado time paraguaio 1×3.
Esta noite, River tem uma parada muito importante, quase decisiva,contra Nacional de Uruguai. A partida no histórico Estadio Centenario de Montevidéu cobra ainda mais importância porque River vem de uma derrota 2×1 contra USM em Lima. É fato que, apesar de ter ganhado na primeira rodadacontra Nacional de Paraguai 1×0 em Núñez, este River versão 2009 ainda não encontrou um padrão de jogo que lhe permita ser respeitado pelos adversários.
Mesmo assim, o time anunciado por Pipo parece ser o ideal neste momento, com o canhoto Sambueza como falso ponta esquerda para acompanhar Gallardo na criação, Augusto e Ahumada no meio-campo, e Fabbiani e Falcao no ataque, numa típica formação 4-3-1-2. Na teoria, tudo bem, mas para alcançar o resultado ideal tem que funcionar na prática.
Esperamos que Pipo tenha acertado finalmente a marcação da defesa, que há muito tempo não vem funcionando bem. A verdade é que nenhum desses nomes inspira tranqüilidade ao torcedor; os últimos jogos demonstraram que continua sendo muito fácil fazer gol na meta riverplatense.
Para esta noite, é importante que River mantenha o controle da bola e do campo e “agüente” os primeiros 25-30’ de jogo, quando geralmente os times uruguaios saem para “apertar” o visitante contra sua meta. E é sumamente importante que River seja capaz de golpear o Nacional com eficácia. Não há melhor defesa que um bom ataque, e um bom ataque é aquele que faz gols – no plural.
River vem levantando gradualmente seu nível de jogo e a partida desta noite é um degrau importante para continuar subindo e mostrar que suas aspirações nesta Libertadores 2009 são prá valer.



