Futebolisticamente falando, a gente está em território inimigo e, por isso, ontem a noite foi um momento de extrema felicidade. Se me pedem razões, estas não me faltam: quando em Buenos Aires, era vendedor, e La Plata estava em minha zona de vendas. Por isso, tenho pela cidade das diagonais um carinho todo especial. E Estudiantes, com suas tradicionais cores vermelha e branca, virou o jogo contra o Cruzeiro e ficou com a Taça Libertadores 2009.
Na teoria o Pincha vinha ao Mineirão como “carne assada”. Na semana anterior, os brasileiros festejaram o 0x0 em La Plata certos de que levariam o jogo da volta. Acreditaram que o tamanho do 2do estádio de Brasil e a força de sua torcida intimidariam o Estudiantes. Assim, foram para o campo com o perigoso rótulo de favoritos, e imaginando que poderiam pôr o time argentino no bolso. Antes do jogo, alguns dos homens da “Raposa” revelavam a intenção de marcar o primeiro gol já antes dos 15PT.
Mas, como time grande que já é, o Pincha não se intimidou. Não apenas jogou contra o Cruzeiro de igual para igual, mas foi também mais eficiente. No PT teve melhores chances de abrir o placar. O Cruzeiro somente chegava esporadicamente até a meta de Andújar. O gol do Cruzeiro aos 6ST foi um acidente em que a bola se desvia em De Sábato y muda de trajetória. Já os gols de Estudiantes nasceram de duas bem trabalhadas jogadas de contra-ataque. Parabéns para Estudiantes, que volta para a Argentina com a 22da Taça Libertadores para times argentinos.
E o que tem isto a ver com nosso amado River? Nada, e ao mesmo tempo tudo. Ontem a noite, Estudiantes voltou com sua 4ta Taça Libertadores. River, o mais campeão da Argentina, ganhou somente 2, a última já faz 13 anos. O time de La Plata não teve vida fácil, mas mostrou capacidade para superar situações adversas. Depois de um começo fraco, River não soube aproveitar as oportunidades que teve para se recuperar. Assim, River caiu na primeira fase, enquanto Estudiantes levou a taça.
O Pincha já tem alguns de seus jogadores negociados por um bom preço no exterior. La Banda, ao contrário, leva para o Canadá um punhado de homens francamente ruins para tentar levantar sua cotação. A diferença entre o sucesso e o fracasso é exatamente essa: a que existe entre um trabalho bem feito e outro deficiente.
Nada mais adequado então que ilustrar esta nota com uma foto do “InmEnzo” fazendo o que sabe frente à Juventus de Zizú. Que monstros!



