Não podia chegar em pior situação River ao Superclássico: com DT improvisado, e o fantasma do rebaixamento batendo à nossa porta. Esta é a hora de os comandados por J.J. mostrarem seu valor. Uma vitória contra o arqui-adversário dará aos homens de El Millo novo ânimo para encarar o que resta do campeonato. Uma derrota pode mandar a River pro fundo do poço.
Foi uma decisão arriscada a de Passarella de demitir Angel Cappa a poucos dias do confronto com Boca, mas a verdade seja dita: River não vinha jogando bem. Após a derrota contra All Boys, a situação de Cappa ficou insustentável.
Cappa vinha fazendo o que Cholo Simeone e Pipo Gorosito fizeram antes dele: uma troca continua de homens e posições tentando encontrar a formação ideal. Cappa não conseguiu, embora tenha tido menos tempo que seus antecessores para tanto.
J.J. López não tem experiência prévia como DT, mas é uma lenda viva do CARP, um dos protagonistas daquele grande time formado por Angel Labruna em 1975. J.J. e Mostaza Merlo eram os incansáveis motores de uma equipe que tinha em Beto Alonso sua inspiração criadora.
Os homens que hoje vestem a Banda Roja não devem ter visto aquele time jogar. Mesmo assim, a presença de J.J. do outro lado da raia de cal deve servir de inspiração. Esses rapazes devem deixar tudo em campo, e sair de lá com um grande triunfo. River precisa jogar “com a faca entre os dentes”, e ganhar este confronto como seja. Não se trata de mais um jogo, nem mesmo de mais um Superclássico; vale nada mais e nada menos que o prestigio do clube mais campeão da Argentina.
Torçamos para que esses homens tenham plena consciência do que está em jogo e saibam cumprir dignamente seu papel.



