Mesmo jogando melhor e criando bem mais chances de gol do que nas partidas anteriores, River não conseguiu reverter a vantagem obtida por Lanus aos 31ST com o gol de falta de Velázquez, e “El Granate” se impôs em Núñez por 1 a 0.
Embora os resultados até agora estejam longe do ideal, com a chegada de Leonardo Astrada começa a ficar evidente uma mudança de mentalidade. Da triste derrota com Independiente, na estréia do “Jefe”, passando pelos empates com Huracán (V) e Boca (L), a vitória contra Argentinos (V), até a derrota de hoje, é possível perceber neste plantel, tão desacreditado e criticado, um grande esforço de recuperação. Se será suficiente para tirar River do fundo da tabela é o que veremos.
Esta tarde, River marcou a saída de Lanús, não deu nenhuma bola por perdida, jogou pra frente, e criou diversas chances de gol, como fazia muito tempo não acontecia. O goleiro Marchesín foi a figura de Lanús. Mesmo sem ter conseguido a vitória, La Banda mostrou boa disposição e teve chances claras para marcar. Nossos homens mostraram essa garra, essa vontade de jogar que o torcedor sabe reconhecer, mesmo na derrota.
Não obstante, podemos apontar diversas falhas em que Astrada terá que trabalhar bastante. Na defesa, é necessário corrigir o posicionamento e impedir os chutes de longe; nem sempre Vega estará numa tarde iluminada como hoje. Villagraé o mais fraco dessa linha: não defende bem, e nem gravitano ataque. Astrada deveria dar a posição ao canhoto Orban.
No meio-campo, a dupla Almeyda e Domingo parece funcionar. Também foi interessante ver Abelairas e Gallardo numa das poucas vezes que jogaram juntos. Contudo, faltou precisão nos passes, e principalmente nas habilitações. Além disto, é preciso dar mais profundidade aos ataques, saindo com a bola menos para o lado, e mais em diagonal e para frente.
No ataque, novamente o mais incisivo foi Buonanotte, que buscou por todos os lados e perdeu algumas boas chances. River fez várias jogadas pelas laterais com Ferrari, Abelairas e Rosales, mas desperdiçou muitas bolas por não ter um “nove” de área capaz de definir. Bou não funciona nessa posição; para jogar enfiado entre os zagueiros centrais é preciso ter ofício. De resto, tocar a bola é muito bom, mas é preciso que alguém chute a gol. O excesso de passes na entrada da área facilita para a defesa adversária.
Em fim, esta derrota não nos deixa nada para festejar, mas é fato queRiver vem melhorando um pouco a cada partida. Ainda está muito longe de ser um time empolgante, mas com a mesma disposição, e um pouco mais de precisão na frente do gol, estamos no caminho certo.